domingo, 18 de outubro de 2009

Fim

Apontar os dedos para os erros ( faltariam dedos, você não acha?), deixar a culpa pender mais para um lado do que para o outro e complicar mais ainda a situação são coisas quase inevitáveis quando o fim chega. Eu não fui diferente. Apontei meu dedo, no fundo quis me isentar da culpa de alguma forma... Mas pelo menos hoje, vejo tudo de outro ângulo. Acabou. Repeti isso por inúmeras vezes (mais para mim, do que para qualquer outra pessoa). Fui repetindo isso da mesma forma que o meu papagaio repete ' dá o pé, louro ' sem parar. Repeti, repeti e repeti. E finalmente, depois de quatro meses, essa frase soa mais verdadeira. Acabou, e eu aprendi a conviver com isso.
Sei que cometi diversos erros, que te fiz sofrer e que hoje, nem te procuro mais. E ao contrário do que você pensa, não faço isso porque quero ou porque acho divertido. Faço porque preciso. Estar perto não me permite acreditar no “Acabou" que tenho me esforçado para aceitar há tanto tempo. Por puro egoísmo fico longe, pra aprender enfim, a viver só.
Quem sabe um dia, nós consigamos aceitar essa situação de uma forma melhor e consigamos ficar ao lado do outro para ser apoio. Porque você e eu, já não somos uma música que tem um bom ritmo para ser dançado. Por maior que tenha sido o Amor (sim, com A maiúsculo), sozinho ele não era capaz de vencer. Foi intenso, sincero, de coração; mas não durou para sempre. E hoje, como um decreto para mim, é a última vez que falo sobre isso porque já passa da hora de seguir.
Vá ser feliz, meu menino. Alcançar o sucesso profissional que tanto merece, encontrar em alguém o que não havia em mim e principalmente valorizar o que há de bom em você, uma coisa que infelizmente nunca conseguiu fazer muito bem. Quanto a mim, decidi que nunca mais pensarei no que era para ter realizado, e não realizou.


(mas vou admitir que sempre lembrarei com pesar que você foi embora sem fechar as portas. e que quando resolvi apagar as luzes, você não voltou para tentar reacende-las)

sábado, 17 de outubro de 2009

A sorte é o contrário do azar.

Óbvio demais, né? Acho que não. Tenho certa dificuldade em responder sobre um dia que tive muita sorte, por mais que pudesse listar vários dias de puro azar. Foi aí que pensei, finalmente, que para ter um dia de sorte não é necessário acontecer algo de extraordinário. É só não ter azar ( o que para mim, que sou tão perseguida pelas queridas leys de Murphy, é realmente muito difícil).
Para mim, um dia de sorte tem sido conseguir sobreviver à ele sem grandes ( e se ela for grande mesmo, nem pequenos) acidentes. Sabe, acordar com o pé direito, o leite não derramar da caneca ou a professora daquele aula chata de metodologia faltar. Conseguir não tropeçar nos meus próprios pés, não magoar ninguém e se não for pedir muito, conseguir fazer alguém sorrir.
E finalmente conseguir ir dormir, tranquila, mesmo sem a sensação de grandes realizações; mas feliz por ter tido um dia completamente bom.

Pauta para o Tudo de Blog

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Let it be

Em meio à trânsitos caóticos e o cinza da poluição, gosto de, por um minuto que seja, fechar meus olhos, escutar Beatles e olhar pro céu. Pode ser para ver o escuro da noite coberto de estrelas ou então para ver aquele azul claro recheado de nuvens de algodão. Eu gosto é dessa imensidão que não pode ser descrita e que ao mesmo tempo que me faz sentir pequena, me traz a sensação de poder tocar algo tão grande que não cabe nem nas minhas palavras.
É dessa sensação que eu gosto. Dessa coisa inescritível que é olhar o céu, escutar uma música boa e sentir que não há limites para a felicidade. Porque é quando eu olho pro céu, que eu finalmente sinto o que escuto nas músicas dos Beatles: "there's nothing you can do that can't be done.. all you need is love!"


Pauta para o Tudo de Blog